"google-site-verification=8WPRY8ot5aKvo2tyf1_e_U-wL49fHZCi0upw1VQMLoI" mudança interna e autoestima para todos
Inovação para tudo e a técnica dos 6 chapéus
Quando cursei na USP Gerenciamento, Inovação Tecnológica e Científica, aprendi esta técnica que trago e acho muito legal porque descontraí os participantes.
Então resolvi trazer aqui para que as pessoas tenha acesso a uma técnica de inovação. Todos os créditos são da universidade e do corpo que administrou e ministrou o curso.
Essa técnica vai ajudar vocês a conseguir trabalhar em equipes de alta complexidade. Na verdade, com mais de três pessoas já é possível formar uma equipe de alta complexidade.
Não esqueça que em duas pessoas, não há como atuarem a não ser uma conversando com a outra.
Com 3 pessoas ainda não é possível fazer o processo. Não há como haver uma conversa paralela. A terceira pessoa ou fica em silêncio ou participa.
De quatro para cima, começa a haver a necessidade de uma organização melhor. Essa técnica dos chapéus pensantes serve exatamente para isso. O que nós vamos ver, a técnica em si, são sugestões de roteiro para o uso da técnica.
Inovação para tudo e a técnica dos 6 chapéus
As bases do nosso trabalho são:
a teoria do pesquisador Edward Bono, que escreveu vários livros sobre criatividade, trabalho em equipe, produtividade.
O que ela busca é ajudar as pessoas a se alinharem na forma como estão enxergando determinado problema, na análise de uma determinada situação. Como se todos olhassem utilizando, metaforicamente, o mesmo chapéu.
E existem seis chapéus distintos e de cores distintas. Ao término dessa deliberação, vão tomar decisões e vão avaliar com propriedade tudo o que foi exposto.
Para Edward Bono e para todas as pessoas que já colocaram essa técnica em ação, fica muito claro como a reunião fica muito mais proveitosa, como ela tem mais densidade e como se perde menos tempo utilizando essa abordagem.
Qual o objetivo, então, da técnica dos seis chapéus pensantes? Primeiro, tentar evitar determinados tipos de conflito que existem entre as pessoas que participam de uma discussão.
Aparentemente, o que normalmente ocorre é que há uma liberdade excessiva na forma de abordagem. Enquanto uma pessoa quer demonstrar benefícios, a outra quer demonstrar os prejuízos.
Enquanto uma quer ver fatos, a outra diz o que sente. Começa a haver uma ?conversa de surdos?: uma pessoa está pensando em emoções, a outra em fatos. Um não está atendendo às emoções do outro e o outro não atende os fatos daquele um. Não adianta.
Tem que haver um alinhamento de dimensão mais ou menos semelhante ao que aconteceu nas ciências de computação, em que se percebeu que a lógica de programação era complicada demasiadamente.
A mentalidade humana permitiu uma lógica mais complicada do que a necessária aos equipamentos de hardware. Pelos compiladores, pelas máquinas que executavam esses programas.
Aí começaram algumas dificuldades que resultaram na programação estruturada: é a mesma coisa dessa técnica dos seis chapéus aplicada naquilo que nós podemos considerar como regras essenciais de comportamento durante uma reunião.
Outro objetivo da técnica é fazer de alguma forma com que se atue de uma maneira alinhada, colocando todos os chapéus, se consiga fortalecer uma parte da cultura na empresa. Vamos começar então pela ordem em que são normalmente apresentados os seis chapéus:
Inovação para tudo e a técnica dos 6 chapéus
· Chapéu Branco
Ele simboliza a pureza (a cor branca é para lembrar da pureza). Ele vai lidar apenas com dados e fatos neutros, fatos que não tem discussão.
A gente vai mais trabalhar com perguntas e respostas que possam ser facilmente respondidas. Não há discussão. Por exemplo: quantas pessoas estiveram presentes na última reunião?
Basta pegar a ata da última reunião e contar. Não há discussão, as pessoas que estavam presentes assinaram, então pronto. Ninguém pode dizer o contrário.
?E qual é a verba destinada para tal projeto? Nós vamos fazer um trabalho de marketing, quanto nós podemos gastar?
?Olha nós não podemos gastar mais de R$ 2000,00?.
Fato.
Não adianta. Qualquer coisa que custe mais do que R$ 2000,00 é totalmente fora da realidade da empresa. Então é uma restrição importante a ser colocada logo no início das reuniões e das discussões.
O chapéu branco de alguma forma delimita um contorno, estabelece o escopo do projeto, ele define de alguma forma as necessidades, as premissas e as restrições que devem ser atendidas.
Então todos devem colocar o chapéu branco ao mesmo tempo.
Numa reunião de quatro pessoas, discutindo o mesmo projeto, deve começar pelos fatos. Todo mundo, metaforicamente, colocando o chapéu branco.
· Chapéu vermelho
Enquanto estava com o chapéu branco, me preocupava apenas com os fatos.
Agora eu deixo os fatos de lado e me preocupo apenas com as emoções, com os sentimentos, com aquilo que não é fato e pode ser discutido, é subjetivo.
Nós seguramos durante a primeira etapa. Tudo aquilo que queríamos falar com aquele outro chapéu, falamos agora. Sem se importar se há necessidade de provar ou não.
Não há necessidade de provar nada. Emoções não são provadas. É um ?acho?, uma opinião.
?Ainda não é o momento para lançarmos esse produto?
?Por que? ?
?Não sei, eu sinto. ?
Não é um fato, é uma emoção. Mas é algo que tem que ser considerado também. Não pode ser ignorado de forma alguma. São apenas informações que não conseguem ser provadas.
· Chapéu preto
Esse chapéu faz o papel do advogado do diabo.
É uma outra característica humana que nós ficamos segurando enquanto estávamos com o chapéu branco e o vermelho.
É apresentar defeitos, dizer a razão de não dar certo. Há uma tendência humana de tentar fazer o que fazíamos como bem crianças, quando montávamos aquele castelo de blocos de madeira e gostávamos de derrubar o castelo que a outra criança fazia.
É uma tendência natural humana fazer críticas e dizer por que não vai dar certo. É um papel importante, que procura identificar com um óculos muito realista tudo o que pode acontecer. Podemos imaginar quem irá reprovar tal ideia.
Todo mundo estará de chapéu preto, para catalogar todas as possibilidades, todos os problemas e buracos que devem ser contornados, todas as dificuldades, dando justificativas e exemplos.
Por exemplo, estamos fazendo o lançamento de um produto e alguém diz ?Vamos fazer um produto apenas para mulheres?, e você pensa ?Lembra do cigarro Charm?
É um cigarro que foi lançado inicialmente para as mulheres, mas não adiantou, porque acabou sendo um cigarro de consumo não descriminado?.
Inovação para tudo e a técnica dos 6 chapéus
Outra pergunta:
E se os juros subirem de novo? ?. Estamos em um determinado cenário econômico e uma tempestade pode mudá?lo de uma hora para outra.
Isso sempre pode acontecer e temos que ter alguém com o chapéu para dizer para nós: ?Nós temos que ter uma balsa salva?vidas, porque esse barco pode afundar.
Precisamos ter uma bóia, porque a balsa salva?vidas pode furar. Nós também precisamos saber nadar, porque a bóia pode falhar. ? Essa é a ideia do chapéu preto.
É interessante, pois quando falamos em advogado do diabo, parece que uma pessoa ficará atacando e o resto vai ficar defendendo. Não, nesse momento todas as pessoas da reunião estão determinadas a encontrar tudo que pode dar errado com relação àquela empreitada, àquele projeto.
? Chapéu amarelo
Uma outra vertente de olhar para um problema.
É aquela forma mais otimista, que ilumina e aquece o ambiente, como se fosse um sol.
Aquele que traz a esperança, que traz a boa vontade, é uma forma bem positiva e construtivista. É diferente dos outros chapéus e o oposto do chapéu preto. Procuram?se oportunidades e benefícios.
Visualizar pequenas, porém possíveis possibilidades de acontecerem coisas boas. A gente vai exatamente nesse nicho, dependendo do tamanho da amostragem, conseguimos um número significativo de exemplos dentro da demonstragem.
Por exemplo, se o produto vai chamar a atenção da nossa empresa como um todo, isso é possível? Imagine um produto que iria ser feito quando se pensa ?ao lançarmos esse produto nós vamos estar criando uma visualização da nossa empresa de uma forma diferente no mercado.
O mercado vai enxergar a nossa empresa de uma maneira diferente. Esse produto é inovador e vai ser o primeiro produto inovador que nós lançamos, então é possível que a empresa comece a ser vista pela comunidade como sendo uma empresa inovadora.
Ou então, outras oportunidades como essa: ?Vamos aproveitar o seminário para integrar as turmas?. Será feita uma reunião de várias equipes, em que cada equipe apresenta, por exemplo, o estágio atual de um projeto que esteja em andamento.
Isso pode acontecer numa empresa, numa escola, num curso ou em qualquer associação. Várias equipes estão trabalhando em projetos paralelos e em seminário essas equipes que normalmente não se encontram se apresentam uma para as outras e apresentam um relatório de situação de seu projeto.
É uma oportunidade para integrar essas turmas. Não basta apenas cada um ir lá e dar um recado. É importante que eles se apresentem. E é uma oportunidade, ou seja, o chapéu amarelo é os que todos colocam naquele momento em que procuram achar oportunidades:
Inovação para tudo e a técnica dos 6 chapéus
?estamos mesmo aproveitando todos os recursos? ?
Será que conseguimos ter uma mira mais exata, ou aproveitar a rebarba? ?Existem outras maneiras de aproveitarmos nossos recursos?
Ele amplia o leque de oportunidades, amplia o leque de resultados e procura garantir. O trabalho que aproveite ao máximo os recursos disponíveis.
? Chapéu verde
Simboliza a criatividade. Vai dar sugestões. Da mesma forma como a natureza preenche todos os espaços (imagine uma floresta em que você pouco a pouco percebe a natureza tomando conta).
Ele vai complementando, vai fazendo uma carpintaria mais de precisão, vai entrando em detalhes e polindo a ideia. Temos que tomar cuidado para não tentar explicar nem julgar, simplesmente apontar como algo que é possível que aconteça.
Por exemplo, ?vamos distribuir amostras do nosso produto na praia? Já existia o produto a ser lançado, mas de repente alguém lembra:
Bem, e se nós aproveitássemos essa reunião de pessoas aqui na praia, que ocorre todo final de semana, para fazer a distribuição para essas pessoas que tem as características que queremos, que estão dentro do que nós imaginamos definir o eventual comprador do nosso produto?
Outro exemplo: ?ao invés de um leque personalizado de benefícios, que está cada cliente dizer qual benefício acha importante optar sobre e fazer então uma planilha personalizada em que vocês tem um custo específico, para aquele cliente? Nem sabemos qual é o benefício.
Pode ser um seguro, um curso, um veículo que você está vendendo e que pode personalizar de acordo com cada cliente.
Você vai pagar para aquilo que considera como benéfico, como gerador de valor para você. Não vai pagar por nada que você não der valor. Essa é tipicamente a forma de atuar do chapéu verde.
De alguma forma procurar aprimorar não a ideia como um todo, mas fazer uma carpintaria mais refinada.
· Chapéu azul
Durante toda essa reunião, alguém precisa ter a incumbência de dizer: ?tire o chapéu branco, coloque o vermelho, tire o vermelho, coloque o verde, preto, amarelo...?
Existe alguém que deve ter um macro- comando, uma espécie de supervisor que vai dar essa visão panorâmica e que desta maneira consiga coordenar e controlar toda a equipe.
O chapéu azul deve ser usado pelo líder dessa reunião, a pessoa que está responsável pelo resultado dessa reunião.
Então ele vai, inevitavelmente, cuidar da disciplina, que implica em seguir regras. Então a reunião deve ter suas regras, por exemplo, ninguém pode falar mais do que determinado tempo, com a palavra sendo passada para outra pessoa.
Não se pode voltar normalmente ao mesmo assunto que já foi dito anteriormente se não houve nenhum avanço, a não ser que tragam mais informações, evitando repetir tudo que havia sido discutido. O chapéu azul define uma ordem.
Inovação para tudo e a técnica dos 6 chapéus
Comecemos com o chapéu vermelho
Uma maneira sucinta de dizer: vamos começar com os nossos feelings, com nossas emoções. O que vocês acham que devemos fazer?
Esqueçam os fatos, esqueçam o que acham que pode dar errado, já digam de cara o que nós devemos fazer, o que o coração manda. Ai, mais adiante, ele pode dizer ?Olha, tanto os chapéus vermelhos quanto pretos apontaram para uma resistência ao nosso produto.
Estamos tentando lançar, mas existem tanto emoções dizendo que realmente ele vai ter um problema para ganhar o mercado, como também existem justificativas do chapéu preto mostrando que alguma coisa vai dar errado.
Nós temos que analisar isso mais profundamente. Uma outra forma de entender os chapéus é imaginar como cada um deles pensa.
Se você coloca um chapéu branco, automaticamente deve ter certas funções ligadas: a coleta de dados, imagine um computador que apenas dê os fatos e dados que sejam solicitados.
A pessoa que tiver pedindo informação deve fazer perguntas bem focalizadas, não são perguntas abertas. É um momento interessante para identificar quais perguntas não podem ser respondidas, quais são aquelas que vão fazer parte das hipóteses que vão ser testadas ao longo do projeto.
Então, vamos localizar fatos de primeira classe, que são aqueles que já foram checados e provados, e o que chamamos de fatos de segunda classe, que são hipóteses que acreditamos ser verdadeiras, mas que não foram comprovadas e que dentro do projeto as primeiras tarefas vão se encarregar de comprovar esses fatos de segunda classe;
transformando-os em primeira classe, ou descartando-?os, o que pode demandar um replanejamento de todo o projeto. O pensamento do chapéu vermelho das emoções, dos sentimentos e da intuição permite que o pensador possa dizer como se sente a respeito do assunto.
Mais importante do que ele sabe é o que ele sente, como ele reage. Agora há pouco, durante o almoço, estava conversando com uma amiga minha que trabalha numa associação e disse ?eu sinto que sua associação não sabe muito bem o que ela quer?.
Eu não posso provar isso, mas era meu chapéu vermelho dizendo. A associação para qual você trabalha não tem muita certeza de qual é a sua missão, por isso que há talvez um desperdício de recursos. São emoções ordinárias do dia a dia.
Pode ser emoções fortes, de medo, de antipatia. Ou emoções sutis, mais difíceis de serem detectadas, como uma ligeira suspeita. Podem ser sensações complexas, como um pressentimento, uma intuição, uma sensação.
Inovação para tudo e a técnica dos 6 chapéus
Envolve o que achamos que dói, que não dói, que é bonito, feio...
Todas sensações estritamente subjetivas. É o momento de cada um dar esse lado subjetivo para a discussão.
O pensamento do chapéu preto olha apenas os riscos e as dificuldades.
Percebam que isso não quer dizer que você vai estar de ?baixo astral?. De forma alguma. Você pode até acreditar no projeto, porém você acha que só vai dar certo se você tomar cuidado com determinados riscos que você está levantando, e com determinadas dificuldades.
Então o objetivo do chapéu preto nunca é melar, nunca é abandonar. Ele simplesmente vai dizer ?cuidado, pois quando vocês estiverem em determinado ponto, há uma areia movediça.
Procurem andar em equipes, um segurando uma corda e o outro também, e se um cair dentro da areia o outro puxa. Existe um outro momento que também é importante vocês olharem para cima, porque há macacos jogando cocos. Procure afugenta-los e tomar precaução?. Portanto, não é necessariamente um baixo astral.
É apenas um aviso, um recado. Ele não deve ser utilizado para encobrir essas tendências ou sentimentos negativos. Percebam bem a diferença entre uma coisa e outra. Impressões e sentimentos não devem ser divididos com o chapéu preto, e sim com o vermelho.
Nesse momento o chapéu preto é extremamente construtivo, você vai mapear o trajeto que vai fazer, demarcando claramente aonde existem minas escondidas, de forma que ao chegar lá tenha condições de evita-las.
O chapéu amarelo vai procurar aquilo que o chapéu preto não encontrou. O chapéu preto foi atrás de riscos e dificuldades. O chapéu amarelo irá atrás de benefícios, de oportunidades que ninguém tinha ainda detectado.
Inovação para tudo e a técnica dos 6 chapéus
Ele vai simbolizar o sol, o brilho e o otimismo.
Vai explorar, investigar e validar os benefícios de coisas que podem acontecer do ponto de vista positivo. Mas ele de alguma maneira, da mesma forma como o chapéu preto, vai ter que justificar.
Não pode ser um feeling, um ?acho?. Se ele falar isso, está usando o chapéu vermelho. Então ele não pode falar ?eu sinto?, ele vai dizer aquilo que vai acontecer de bom e como tem que atuar para que aquilo de bom também possa ocorrer.
Essa é a alma do que chamamos de pensamento construtivo.
O chapéu verde é o da criatividade, que vai simbolizar a fertilidade, o crescimento, a transformação, a busca de alternativas, aquilo que é mais orgânico.
Ir além do conhecido, procurar de alguma forma ousar além dos limites, fazer algo além do racional. Tentar de alguma forma dar um salto, se esticar mais, procurar se sentir integrado com a natureza.
O chapéu azul pensa na coordenação e no controle. É o pensar sobre como pensar. Ele vai agir como condutor de uma orquestra, vai dar a indicação de tempos, de ritmo, de cadência, de intensidade.
Ele também vai ser responsável pelos sumários, pelas sínteses em nome de toda a equipe, de alguma forma vai representar o pensamento e a conclusão da equipe.
Segundo o Edward Bono, a nossa inteligência é o nosso potencial.
Algo imutável quando atingimos a idade adulta. Dizem que esse potencial de inteligência é atingido aos oito anos, outros aos 16, porque há alguma coisa ligada também com o ambiente.
É mais ou menos equivalente a um motor de um automóvel. Pode ser mais ou menos potente e ágil. O potencial está lá, mas a velocidade do automóvel, a potência e quantidade de carga que ele vai conseguir transformar depende do piloto.
Inovação para tudo e a técnica dos 6 chapéus
O pensamento é mais ou menos esse trabalho do piloto.
É uma habilidade, portanto algo que é passível de ser desenvolvido. Esse pensamento vai ser, então, o piloto da inteligência.
Equivalente à forma como nós conduzimos o nosso automóvel. As pessoas que sabem dirigir bem, no caso, que sabem pensar bem, obtém melhores resultados de automóveis de motores fracos, ao contrário daqueles barbeiros mentais que dirigem carros potentes.
Parece até que faz parte da essência do empreendedorismo você se preocupar com o condutor da sua inteligência. Não importa tanto a potência do seu motor, o que é importa é que ele seja aproveitado da melhor forma possível.
De uma forma que seja de acordo com a habilidade que possa ser passível de desenvolvimento, como por exemplo essa técnica dos seis chapéus.
Vamos ver alguns exemplos de barbeiragens mentais. Por exemplo, o indivíduo está numa reunião, que foi convocada para gerar ideias, uma reunião no início do projeto.
E esse indivíduo desperdiça toda sua força do motor, sua inteligência, tentando convencer os outros que seu ponto de vista está correto, ao invés de ouvir todo mundo.
Inovação para tudo e a técnica dos 6 chapéus
O momento é de ouvir, de gerar ideias.
As ideias não de gladiam-se entre si, elas podem conviver. Porque o objetivo é criar uma grande quantidade de ideias. Mais a frente é que elas vão ser qualificadas e divididas quanto à sua probabilidade de sucesso.
Um outro exemplo é um indivíduo que precisa gerar ideias inovadoras, como montar um marketing mix conjunto de ações de marketing para um determinado produto e na realidade não imagina alternativas à primeira ideia que lhe ocorre.
Não vai atrás de outras ideias e de outras formas de divulgação que poderiam estar disponíveis naquele momento, aproveitando uma janela de oportunidade.
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Um outro tipo de barbeiragem mental:
um indivíduo tem uma ideia e parte imediatamente para sua implantação, de forma impulsiva, sem considerar os riscos, sem verificar o ponto de vista dos outros, sem colocar outros chapéus, sem conversar com os outros elementos de uma eventual equipe que poderia ajudá-lo a conseguir atingir o resultado.
Como nós falamos, essa técnica trata sobre pensar sobre como pensar. Existe o pensamento espontâneo, que permite que o nosso pensamento funcione como nós aprendemos a pensar.
Nesse momento nós deixamos que as emoções nos conduzam o tempo todo.
Essa é uma forma espontânea que nem sempre é a melhor forma de pensar, especialmente quando estamos com um desafio em equipe, que deve ser decidido em reunião.
Nesse momento quando nós utilizarmos apenas o pensamento espontâneo, nós vamos ficar o tempo todo acelerando e brecando, e trocando de chapéu no nosso raciocínio.
Os seis chapéus servem exatamente para que você não fique voltando o tempo todo, colocando outros chapéus. Então tem que haver um tempo para cada chapéu. O facilitador, que normalmente está com o chapéu azul, diz ?vamos discutir, usando o chapéu vermelho durante cinco minutos.
Vamos usar por 10 minutos o chapéu preto, 10 minutos o chapéu amarelo, mais 15 para o verde e colocamos todos o chapéu azul para olharmos do lado de fora e verificarmos em que situação chegamos.
Completamos uma etapa de 25 ou 30 minutos e verificamos se prosseguimos ou não?. Existe um plano, um roteiro pré-determinado.
Inovação para tudo e a técnica dos 6 chapéus
Nós definimos um programa de ação com os chapéus
e usarmos tempos curtos, nós obrigamos o nosso pensamento a ficar mais disciplinado, mais focado e, consequentemente, mais alinhado com o pensamento dos outros elementos que estão participando da reunião.
Existem algumas sugestões e roteiros para discussão de projetos. Lembre-se que tudo que nós vamos fazer são projetos, com início, meio e fim.
Por exemplo, quem tiver discutindo ideias iniciais, na fase de concepção e inicialização, pode começar com o chapéu azul, que vai definir foco e definição da situação. Depois colocar o branco para verificar o que se sabe a respeito da situação.
O chapéu branco, na realidade, são conjuntos de perguntas que vão ser algumas respondidas de imediato e outras mantidas como hipóteses a serem checadas o mais rápido possível ao longo do projeto.
O chapéu verde, a partir dos dados conhecidos, gerar ideias de enfrentamento do problema, de construção e de ação.
Se nós precisarmos de um roteiro para fazer um exame rápido de algo, sem ter tempo a perder, basta colocar o chapéu amarelo e pensar ?quais são os benefícios e valores que podem ser agregados? ?.
Depois, colocamos o chapéu preto para verificar quais são os riscos e dificuldades que eventualmente teremos para conseguir agregar esses benefícios e valores.
E finalmente o chapéu azul para somar os aspectos positivos e negativos. Concluindo, nós vimos que a técnica dos seis chapéus serve para organizar as equipes, e as equipes funcionam tão bem quanto conseguem ser organizadas.